CANTO DE FRASSINO

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Meu Diário
26/07/2013 10h47
O PAPA NA FAVELA - Crónica, Julho de 2013

(Crónica de 25 – 07 – 2013)

Papa defende justiça social para fortalecer pacificação de favelas.

Papa Francisco é cercado pela multidão de fiéis na favela da Varginha nesta quinta-feira …

PAPA DENUNCIA DESIGUALDADES DO MUNDO

“Os esforços de pacificação de comunidades carentes só serão permanentes se houver integração e justiça sociais”, afirmou o papa Francisco em visita à favela da Varginha, no complexo de Manguinhos, zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira.

"Nenhum esforço de 'pacificação' será duradouro, não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma", ressaltou o Papa, em visita à comunidade da Varginha, controlada durante anos pelo tráfico de drogas e pacificada há sete meses.

Durante seu discurso, o pontífice também pediu que os jovens não se deixem abater pela corrupção após as recentes manifestações que se espalharam em todo o Brasil exigindo punição aos políticos corruptos, melhorias nos meios de transporte, educação e saúde de qualidade.

"Vocês, queridos jovens, possuem uma sensibilidade especial frente às injustiças, mas muitas vezes se desiludem com notícias que falam da corrupção, com pessoas que, em vez de buscar o bem comum, procuram o seu próprio benefício", disse o pontífice diante de milhares de fiéis que acompanhavam seu discurso.

"A todos vocês repito: nunca se desanimem, não percam a confiança, não deixem que a esperança se apague", acrescentou.

Antes de iniciar seu discurso, o Papa recebeu as boas-vindas de um jovem da comunidade que disse que sua visita "tirou a comunidade do descaso".

"Sua visita nos colocou nas páginas dos jornais nacionais e internacionais, que antes só falavam de nós para mostrar o tráfico e as enchentes", afirmou o jovem morador da comunidade.

Mesmo com um discurso de forte cunho político e social, FRANCISCO não deixou o bom humor de lado e, brincando, disse que gostaria de 'bater na porta de cada brasileiro para tomar um cafezinho, mas não um copo de cachaça".

-- RECEPÇÃO CALOROSA –

Debaixo de uma chuva incessante, o pontífice chegou à favela da Varginha a bordo do papamóvel. A comunidade de 1.000 pessoas foi, durante décadas, controlada pelo tráfico de drogas. Em 2012, a favela - situada entre o estádio do Maracanã e o aeroporto do Galeão - foi pacificada.

FRANCISCO, EU TE AMO, cantavam os moradores da comunidade que recepcionaram o Pontífice e o aguardavam deste o início da manhã. Francisco visitou uma capela da comunidade, onde fez uma pequena celebração. Na saída do local, sob gritos da multidão, falou e abençoou os fiéis.

Durante o caminho, o papa argentino recebeu das mãos de crianças uma bandeirola do time San Lorenzo, clube de Buenos Aires para o qual torce.

Momentos antes de subir ao palco montado especialmente para recebê-lo, o Papa também visitou uma casa da comunidade, que foi escolhida no momento. A residência de quatro moradores e de paredes amarelas era uma das sete casas que disputavam a honra de receber a ilustre visita.

"Foi uma grande surpresa, ontem não dormi de tanta ansiedade", disse a dona da casa visitada por Francisco, Maria Luzia dos Santos. "Falei com ele, e foi Deus quem me ajudou, pois achei que fosse ficar muito emocionada, que fosse chorar, mas consegui pedir para que ele nos abençoasse", contou.

-- AGENDA CHEIA –

O Papa deixou a favela da Varginha pouco depois das 12h, onde seguiu até a CATEDRAL METROPOLITANA, no centro do Rio de Janeiro. Lá, ele teve um encontro exclusivo com fiéis argentinos. Mais de 20 mil jovens vieram da Argentina para a Jornada Mundial da Juventude.

Na parte da tarde, o pontífice participará na chamada "Acolhida ao Papa", acto central da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) na praia de Copacabana, onde é aguardado por centenas de milhares de jovens.

Logo cedo, na manhã desta quinta-feira, o papa Francisco participou de cerimónia no Palácio da Cidade, em Botafogo, onde recebeu as chaves da cidade do Rio e abençoou as bandeiras das Olimpíadas de 2016. O acto contou com a participação de astros do desporto brasileiro, como Zico e Óscar Schmidt.

"Muito obrigado por estarem aqui neste momento e de coração darei a bênção a todos, a suas famílias, seus amigos, seus bairros", disse, em espanhol, o papa argentino de 76 anos, diante de centenas de fiéis que o receberam sob chuva na sede da prefeitura do Rio.

"E rezem por mim", pediu o pontífice, repetindo o apelo feito na quarta-feira durante a primeira missa pública que celebrou no Brasil, no santuário de APARECIDA, em São Paulo.

O papa Francisco está no Rio de Janeiro para presidir a jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontece até 28 de Julho e reúne cerca de 1,5 milhão de pessoas vindas de 170 países.

                                               Pesquisa e recolha

                                               Assis Machado


Publicado por FRASSINO MACHADO em 26/07/2013 às 10h47
 
26/07/2013 10h36
O MITO ELIS REGINA

Elis Regina, 1945 – 1982

As contestações e afirmações de que Elis Regina não costumava usar drogas não prevaleceram por muito tempo, tão pouco se manteve a teoria da conspiração que envolvia Harry Shibata e Samuel Mac Dowell.

O veredicto final, divulgado pelo delegado Geraldo Branco de Carvalho, assinado pelos legistas Chibly Hadad e José Luiz Lourenço deixou claro que no corpo autopsiado da cantora tinha sido encontrado álcool etílico e cocaína, o que revelava, em princípio, embriaguez e estado tóxico, que em combinação tinham sido letais. Além dos legistas citados, a autópsia foi feita também, pelo médico da família, Álvaro Machado Jr.

Confirmada a verdadeira causa da morte, vários depoimentos começaram a surgir, apontando que nos últimos tempos Elis Regina consumia excesso de álcool e drogas. Que experimentara cocaína e maconha em uma viagem aos Estados Unidos, um ano antes da sua morte. Assim, contraditoriamente, Elis Regina passou a ser a “careta” que morreu de overdose.

O “Fantástico”, TV Globo, levou ao ar o clipe da música “Me Deixas Louca” (A. Manzonero – Paulo Coelho), que a cantora gravara especialmente para tema de Luiza (Vera Fischer), personagem central da  novela “Brilhante”, de Gilberto Braga, estreada nos últimos meses de 1981 em horário nobre, somente após a sua morte.

O programa justificou que o clipe, última gravação da cantora, feita em 3 de Dezembro de 1981, não tinha sido antes divulgado por não ter agradado à direcção da emissora, que considerou a cantora visivelmente entorpecida. Visto pela opinião pública após a morte, o clipe emocionou, e percebeu-se que o estado etéreo de Elis Regina corria do sublime ao desespero, não só anunciava o fim da mulher, mas ao grito de um ser humano denso, que se explicava somente através da sua arte.

Elis Regina, carinhosamente chamada de Pimentinha pelos amigos mais chegados, nascida em 17 de Março de 1945, lançou-se cedo no mundo da música. Aos 11 anos já se apresentava no programa de rádio Clube do Guri, em Porto Alegre. Aos 16 anos, em 1961, já tinha gravado o seu primeiro álbum, “Viva a Brotolândia”. 

Já longe de Porto Alegre, Elis Regina ganhou o I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, numa interpretação monumental de “Arrastão” (Edu Lobo), onde movimentava os braços como um moinho de ventos selvagens, só próprio de verdadeira artista em que se tornara.

Era a cantora na sua essência. Continuou emocionando o Brasil com grandes sucessos.

Em vida não vendeu muitos discos, enquanto Maria Bethânia e Gal Costa chegavam ou ultrapassavam as 500 mil cópias, o último álbum em vida, “Elis”, vendeu pouco mais de 52 mil cópias. Mesmo com pouca venda, era uma das cantoras mais bem pagas no palco, além de assediada por músicos e emissoras de televisão, estando sempre presente nos média de então ou em gravação de novelas. Elis vendeu mais discos depois de morta, e até hoje, é a única cantora brasileira que nunca deixou de ter os seus álbuns comercializados em período algum.

O impacto da morte de Elis Regina pôde ser sentido pela comoção que trouxe milhares de pessoas ao seu velório e funeral.

A perda da cantora em 1982 deixou um grande vazio na MPB, justamente quando esta voltava a ter grande força e impacto no cenário político e social da nação.

A abertura política possibilitou o regresso da canção de protesto, tirando das gavetas muitas das que foram censuradas. No álbum “Elis, Essa Mulher” (1979), a cantora gravava a música “O Bêbado e a Equilibrista” (João Bosco – Aldir Blanc), que se iria tornar o hino da Amnistia.

No grande show de MPB, o primeiro programado depois do atentado à bomba do Rio Centro, em 1981, que se daria poucos dias após a sua morte, o momento programado para ela cantar foi preenchido pela apresentação de João Bosco, com a sua fotografia ao fundo.

O vazio deixado por Elis Regina na história da MPB criou o mito, que por sua vez apagou para sempre o período que se seguiu à revelação das causas da sua morte. Período negro da história da intolerância no Brasil.

Hoje parece confuso um momento como este, mas à altura, ser drogado no regime militar representava o que havia de mais vil na sociedade repressiva e hipócrita de então. A repressão aos entorpecentes levou Gilberto Gil e Rita Lee à prisão em 1976.

O Brasil de 1982 ainda trazia os resquícios do preconceito que levou distintas senhoras de família às ruas, de rosário nas mãos, em 1964, a abraçar o golpe militar.

Mais de três décadas depois da morte de Elis Regina, fica na lembrança colectiva apenas o carinho e a tristeza do povo brasileiro diante da trágica perda da “sua” cantora. A segunda morte da Diva, movida pelo preconceito ao pó que a destroçou, foi totalmente apagada, ficando apenas na memória daqueles que viveram o drama na época.

Elis Regina, a mulher, deu passagem para o mito, perfeito e intocável na extensão da sua voz e do seu talento.

Pesquisa e arranjo:

Assis Machado


Publicado por FRASSINO MACHADO em 26/07/2013 às 10h36
 
27/06/2013 17h58
CRISTO, NAPOLEÃO E ANTERO

 

O que têm de comum estas três PERSONALIDADES? Estou convicto que a sua intercessão identitária pode perfeitamente compreender-se, à luz da historicidade ocidental, numa vertente mítica prometaica.

A escolha assenta, claramente, numa pressuposta estrutura tridimensional: a Religião/Ideologia, a Estratégia/Liderança e a Cultura/Arte. Podemos constatar, segundo “rezam” os Documentos disponíveis (qualquer que seja a metodologia hermenêutica utilizada), que estas três Personalidades, ao longo da sua postura terrena e existencial, ocorreu-lhes comummente o seguinte fenómeno: «venceram todas as batalhas, excepto a última».

A – Tiveram de comum um desenvolvimento intelectual relativamente precoce, comparado com os jovens da sua Época;

B - Desenvolveram uma instrução/educação acima da média, ou mesmo, bastante elevada;

C – À volta dos vinte e poucos anos já assumiam níveis culturais fora do comum;

D – Desde cedo individualizaram opções, fundamentadas no idealismo e na consciência messiânica;

E – Construíram por si mesmos «Projectos» que, considerados carismáticos, tentaram cimentá-los à sombra da convicção, da autonomia e de uma crença ilimitada.

Criaram, a partir destes pressupostos, três HORIZONTES HISTÓRICOS, aparentemente distintos, mas complementares: o «Cristianismo» (ideal de Vida, na forma mais original): o «Bonapartismo» (o ideal do Super-homem) e o SOCIALISMO (ideal do Colectivismo). Três grandes DOUTRINAS: o AMOR, o PODER e o SOLIDÁRIO. Três vidas que, no seu devir, cresceram (com avanços e recuos) dentro de uma forte consciencialização, autonomia, abnegação e estruturados na crença de um destino “messiânico determinista”. O carisma que intersecta indelevelmente estas três personalidades, pairando no plano de uma horizontalidade metafísica, dá pelo nome de LIBERTAÇÃO.

Pelos factores mais díspares próprios da espécie, esbarraram, na sua finitude existencial, num fenómeno considerado como um “beco sem saída”, culminando na mais baixa condição/frustração humana.

Assim se entendem os quase inexplicáveis DRAMAS do Jardim das Oliveiras/Gólgota, das colinas de Santa Helena ou do Campo de São Francisco: sumas ascensões, abjectas quedas.

 

Frassino Machado

In CAMINHOS DO PENSAR

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Publicado por FRASSINO MACHADO em 27/06/2013 às 17h58
 
07/09/2012 13h05
FERNANDO PESSOA EM DEBATE - 03

Para Luísa Adães:

Caríssima amiga e co-pensadora,

Falar de Fernando Pessoa (eu sei bem!) … é sempre um risco e até uma aventura. Todavia eu nunca me esquecerei daquilo que o nosso grande Eduardo Lourenço afirmou frontalmente numa sua dissertação para “gente culta e sabedora”: “tudo o que se diz e ouve de F. P. não deve ser levado a sério. Há que continuar a lê-lo ( a ele e a outros grandes escritores lusófonos) e só depois poderemos paulatinamente conceptualizá-lo!” Quanto a mim, aquilo que lhe posso afirmar, é que para F. P. ser cada vez mais conhecido há que “pô-lo em causa”/dialogá-lo, partilhá-lo, sondá-lo, para que os horizontes possam ser desbravados… E não há que ter medo desta metodologia. Se de outro modo for, o que diremos nós da aventura de António Damásio que ousou (contra tudo e contra todos) “pôr Descartes em causa”, numa “área de fogo que é a mente humana”? Pois, pois, e hoje toda a gente começa a incensar Damásio. Compreende o que eu quero dizer com isto? Desculpe a interpelação também ousada, ok? Cordiais cumprimentos do poetAmigoaodispor Frassino Machado

 

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Publicado por FRASSINO MACHADO em 07/09/2012 às 13h05
 
01/09/2012 21h08
FERNANDO PESSOA EM DEBATE - 02

 

Por Assis Machado

“Não deixa de ser salutar”! Observação feita por  Manuela Carvalho

Ó caríssima amiga, eu acho que F. P. não tem nada de salutar – se é isso que queria verdadeiramente dizer!? Sabe, o que se tem visto testemunhar miríades de vezes é que os pessoadependentes (passe o termo) se tornam paulatinamente em: inquietos, contraditos, macambúzios, frios, depressivos, insensíveis, e muitas das vezes confrontados com posturas de “fim de linha”.

Concluindo F. P, nada tem de salutar (que dá saúde?) antes pelo contrário, tem sim carradas de “doentio”.  

Posto isto, quero dizer-lhe que a única tábua de prevenção contra tais contágios será, sim, uma postura crítica ecológica. Talvez pelo menos a alma se salve. Que lhe parece?

Seu ao dispor poetAmigo sempre

Frassino Machado

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Publicado por FRASSINO MACHADO em 01/09/2012 às 21h08



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