O CALVÁRIO DO POETA
"PARAFRASEANDO FERNANDO PESSOA"
Junto à Brasileira do Chiado, no Septuagésimo aniversário da sua morte ! * O poeta tem seu nome nas sementes geradas no ventre do destino e a sua revelação ocorre no devir do tempo que lhe compete. A própria consistência vem no fluir das horas que lhe são delimitadas pela sua poesia. E esta não é senão a resistência imanente da gestação fora de si pelo alienar constante da consciência alheia. É aqui que nasce o drama, o drama de assumir, no fundo, o que se é. O poeta para se revelar tem de gerir a sua identidade, tem de vincar o seu eu, gerir o ser do não-ser e resistir sendo. Neste profundo contraditar está toda a beleza da arte poética, pela qual se manifesta a verdade do seu mundo. Andar nele e com ele é carregar a força mítica que traz no seu bojo todas as sensações que conduzem fatalmente à sua própria morte. Porque o poeta tem de morrer para que fique neste acto toda a sublimidade da poesia que sonhou ! Frassino Machado In ODISSEIA DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 07/12/2005
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