“No 896º ano da Batalha de S. Mamede”

Aqui se travou, segundo reza a tradição,
A maior Batalha em território nacional:
Dos agrestes e duros campos de São Mamede
Emergiu estoicamente a história de Portugal.

«S. Mamede, S. Mamede» – o grito de Ataca  
Nas bocas populares, com toda a heroicidade
E à luz do sol brilhante – pela primeira vez  
Suou vitorioso o Canto da Liberdade.

Canto da Liberdade, de um filho intrépido
Contra a falsa mãe, que ali lhe quis dizer “Não”
Tentando atraiçoá-lo o seu ousado Sonho  
Que era, desde tenra idade: criar uma Nação.  

«S. Mamede, S. Mamede», Teresa e Afonso,
Qual dos dois, naquela Ataca, irá vencer?
Para qual dos lados a vitória irá cair?
A sorte ditou AFONSO, a quem vão obedecer!

«S. Mamede, S. Mamede», Afonso, o Primeiro,
Eis que a Batalha, desta arte, marcou a Hora:
O filho venceu a mãe e fez-se um timoneiro
De excelsa Barca, num Destino sem demora!  

Frassino Machado
In INSTÂNCIAS DE MIM