EPIGRAMA AO ENTRUDO
Rei Momo está quase a chegar,
Está-lhe no sangue o Carnaval, Quer marchar co´ as Matrafonas E ficar por cá, bem ou mal… Matrafonas há-as, mais de mil, Por essas esquinas sem fim Com um corpo pouco viril E uma alminha de serafim… Rei Momo quer mais, muito mais, E não gosta de se repetir, Quer que lhe prestem vassalagem E, já agora, de se divertir… Mas… uma tem atravessada, Quase nem chega a aquecer, Receia o ENTRUDO na estrada E tudo o que ele possa trazer… Pensa já nos amigos “caretos” Que têm o hábito d´ alinhar, Mas não se contentam c´ os gravetos Que o Rei da festa lhes quer pagar… - Quanto quereis amigos leais Pela vossa colaboração? Chegam estes milhõezitos ou mais? - Deite cá tudo o que tem à mão! - Ai estes tão reles serviçais, Dizem umas coisas, e fazem outras; Queremos mais altos arraiais Com novas máscaras e montras! Ao menos os Entrudos, um a um, São os verdadeiros Foliões: Mesmo que à seca ou em jejum Nunca falham nas intenções! Frassino Machado In ODIRONIAS
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 10/02/2024
Alterado em 10/02/2024 |