«No Dia Internacional da Mulher»

Neste estéril mundo tão desigual
De desamor e violência extrema
Tu és, ó mulher, a mulher-poema
Co´ alma branca e coração de cristal!

Tu és o fresco oásis natural
Fio de água corrente, alva e clara,
Mavioso aroma duma flor bem rara
Neste estéril mundo tão desigual.

Tu és a circunstância, tu és dilema
Voando entre o prazer e a estranha dor
Entre a guerra e a paz em tom maior
De desamor e violência extrema.

Nada a ti se compara, qual sistema
Universal de um horizonte azul
De verso a verso, entre o norte e o sul,
Tu és, ó mulher, a mulher-poema.

Tu és aquele farol que dá sinal
Quando a humana claridade s´ esbate
És a mulher-luz e a mulher-combate
Co´ alma branca e coração de cristal.

O mundo desconhece aquilo que tem,
Pois vive apenas para o seu umbigo;
Eu te louvo, ó mulher, eu te bendigo
Porqu´ és, entre todos os bens, o maior BEM!

Frassino Machado
In RODA-VIVA POESIA