À LAIA DO ZÉ ALBINO
“Políticos & Politiquices” (*)
Neste “País-do-faz-de-conta” – Que parece que anda, mas não anda, Antes, pelo contrário, só desanda Há berbicachos de pouca monta Com gente de cabeça meia-tonta Cuja alma é tudo, menos santa! Por cá ninguém leva nada a sério – Basta haver umas meras eleições – Confrontam-se logo as opiniões Armando-se pulhices e despautério Sempre à volta d´ algum mistério De complicadas aberrações. Quando o próprio homem não s´ entende Acerca do seu mísero destino, Todo o mundo entra em desatino E, vai-não-vai, logo ali s´ ofende Um pouco à laia dum tal Zé Albino… Que, desta feita, nunca aprende! Entra em cena o castiço António, A frouxa Acácia ou a fera Bala, A Luna e o Mikas puxam à trela, Com Naná e Docas, que são demónio, Tudo numa afinação que resvala Em arruaceirice e pandemónio. Quem não gostou da brincadeira Foi o agastadíssimo Camões Que, puxando dos seus galões, Qual “trinca-fortes”, fez bandalheira Deixando os seus anfitriões Estressados sem eira-nem-beira. E quem teve culpa foi Zé Albino, Que, acostumado a tal azar, Fez-se politiqueiro d´ arrepiar: Em palrice de descarado afino Pôs toda a malta a disparatar Qu´ até seu dono perdeu o tino! E a partir d´ hoje, anda deprimido, Qual perdigão, perdida a pena, Não havendo mal que lhe não venha (?)… - Ai, Zé Albino, se ´stiveres arrependido, Pede ao teu dono que te mantenha E não darás o tempo por perdido! Frassino Machado In ODIRONIAS (*) – Campanha eleitoral 2022
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 01/02/2022
|