AVULSO 02
“Poesia Banda Larga”
Já não há Poesia como havia antigamente Em que os poetas, questionando seus problemas, Contemplavam o fiel Parnaso frente a frente Divinizando a própria Lira com bons poemas. Hoje a poesia paira sobre as ondas do mar À procura das melhores ondas e marés Onde os versos e os temas surgem a palpitar Como que numa “banda larga” de lés-a-lés. Toda a água dos mares, toda a água dos rios, Toda a água dos lagos, toda a água das fontes, Revelam nos seus cursos mil e um desafios Que riscam de mil cores todos os horizontes… Todos os peixes do mar, todas as aves do céu, Todas as feras do bosque e animais dos campos, Cumprem sua diáspora, qual aura sem labéu, Numa inspirada «odisseia» de mil encantos. Neste vazio Orbe, sem rumo e sem virtude, Só uma “poesia de banda larga”, sem final E sem destino, será o lenitivo e a saúde Capaz de o tornar Novo e mais ascensional. Em cada circunstância o poeta, se olvidar Na sua própria alma a vital inspiração, Não haverá Poesia que se possa revelar E nem sequer poema que valha a sublimação! Frassino Machado In INSTÂNCIAS DE MIM
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 07/08/2021
Alterado em 08/08/2021 |