NATURA
(Os Meus Duendes)
Os meus Duendes me alertam No horizonte dos sentidos Éter, ar, fogo, me despertam Pela água e terra que transmutam O som da música nos ouvidos. O espaço, expansão e amplitude, Passam por mim em movimento P´ la leveza e p´ la inquietude, Levando ao corpo e à saúde Energia, sol e encantamento. Os meus Duendes me agitam Por fora e por dentro de mim, Ora permanecem ou transitam E alguns deles me habitam Fazendo história e folhetim. Fazem-me a cabeça em águas E na fluidez me lubrificam; São corpo de euforia e mágoas Na solidez de duras fráguas Que me suportam e fortificam. Os meus Duendes são companhia, Vão comigo de terra em terra, São equilíbrio e fantasia, Palácio de tristeza e alegria, Minha família e minha guerra. Os meus Duendes, minha escola, Minha lembrança, meninice, Minha paixão jogo-da-bola, Avental de mãe e bitola Em diabruras e traquinice. Os meus Duendes e brincadeiras, Comida de minhas lembranças, Memórias de muitas maneiras Em curtas e longas carreiras, De avanços e contradanças. Ó Duendes, ó minha Natura Repleta de regras conformes, Sois resiliência e formatura De instâncias e de aventura Enlaçada em sonhos disformes. Natura de muitas partidas, Muitas vezes sem condições Em horas e noites perdidas, Foram mil dias e mil vidas, Mil sentimentos e emoções. Ó Duendes, quando m´ encontrais Em qualquer das encruzilhadas, Quero deixar-vos os meus sinais, Que são os mesmos dos ancestrais, Abrindo novas madrugadas! Frassino Machado In INSTÂNCIAS DE MIM
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 15/07/2021
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