A PRINCESA DOS PRADOS
“Ao José Félix”
A gazela, a gazela, A gazela pula e dança, Não há nada como ela Neste prado de esperança! Neste prado de esperança Com a relva a escassear Resta a fé em contradança Para a fome se matar. Passa a fome, fica a sede Apetece às vezes fugir, Onde estará a verdade Para a alma consumir? Mundo-cão é um deserto Onde Almaviva não medra Nem ao longe, nem ao perto, Só há areia e ruim pedra. Pior qu´ ele só a selva Onde impera o vil felino Não se contenta co´ a relva Mas de alimento indigno. A minh´ alma é qual gazela De silvestre natureza Sua energia é singela Mas, seu segredo, a destreza. Sua arma é a prudência Contra toda a armadilha Sempre atenta à concorrência E a qualquer feroz matilha. Não tem medo do leão, Muito menos da pantera, Paciência sempre à mão E é a luta que a tempera. A princesa destes prados, Está feliz e vigilante Relva fresca, e nunca cardos, E água viva refrescante. A gazela, sim, a gazela, Pula e dança todo o dia Com a sua alma à vela Sem cair na fantasia! Frassino Machado In JANELAS DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 13/07/2021
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