NÃO MATEM A COTOVIA
«Em louvor da Poesia»
Não matem a cotovia Mas deixem-na cirandar, Ela é a musa da poesia Numa gesta de encantar. Ela inveja o rouxinol Na sua bela melodia E dança alegre com o sol, Não matem a cotovia. Junto ao chão vem recolher Os frutos pra se alimentar É eufórica ao alvorecer, Mas deixem-na cirandar. Todos os poetas do mundo Adoram a sua harmonia Pelo seu saber profundo Ela é a musa da poesia. É discreta na sua beleza Entre as aves a esvoaçar É um tesouro na natureza Numa gesta de encantar. Não matem a cotovia Ela é princesa de amores Ao cantar dá luz ao dia E tem paixão pelas flores. Dos poetas é inspiração, De versos é água da fonte E nas asas da emoção Ciranda pelo horizonte. Anda a poesia perdida No húmus da presunção E numa odisseia sentida Tem medo da solidão. Cotovia romanceada Pela pena de Harper Lee Tem a vida mascarada Numa aura de bem-te-vi. – Cotovia, fado e saudade No palco da aventura, És a ave da liberdade E da poesia a ternura! Frassino Machado In RODA-VIVA POESIA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 09/05/2021
|