CANTO DE FRASSINO

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Textos

CRAVOS DE MAIO
«Homenagem ao 1.º de Maio»

Depois de Abril chegou o Maio –  
O Primeiro de Maio magistral,
Considerado por alguns de soslaio –
Qual chuva de Cravos, na Capital.  

Cravos de Maio, mais qu´ em Abril –
Vencida de vez a fealdade
Daqueles tiranos d´ alma hostil –
P´ la pertinácia da Liberdade…

Cravos de Maio, horas d´ emoção
Dum povo – em marés mais de mil –
Ruas e avenidas em convulsão
Pela indómita Onda d´ Abril.

Chuva de Cravos, vindos do céu
Em asas de pássaros gigantes,
Na aura de um foco sem labéu,
Pendentes dos gritos triunfantes…  

Sobre a multidão, cravo a cravo
Laureando os feitos dos heróis,
Mitigam do povo o seu agravo
P´ las sete dores, em sete sóis…  

A Voz, no canto das palavras
Saídas do peito Lusitano,
Palavras-fogo, rio de lavas
De um vulcão, outrora insano.

A erupção foi a Voz do Povo,
Hoje a Bandeira desfraldada
Na esperança dum País novo
Nascido à luz da Madrugada…

Cravos vermelhos d´ alma branca,
Que Vermelha foi, na convicção
De virtude feita alavanca,
Na perene Barca da Revolução.

Depois de Abril, Maio virou flor
P´ la energia e p´ la Fé resiliente
No futuro Sonho promissor
De um colectivo transcendente.

Vivas e vivas pra quem labuta,
Vivas e vivas para quem canta,
Vivas e vivas, para quem luta,
Já agora, pra Liberdade Santa!

Frassino Machado
In POR CECA E MECA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 30/04/2021
Alterado em 01/05/2021


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