ENCOMENDAS A ESMO
“A uma obra que andou de ceca em meca”
“Coar areia (joeirar o mar)” Eis o que faz esta prenda Na hora do distribuir Num corrupio de ir e vir: Neste evento de espantar Para quem a reprimenda? Tanta areia, tanto mar Na busca de um receptor À laia de cataventos Há que joeirar os ventos Para tudo endireitar E não haver mal maior… Quem espera desespera Fica cego na miragem De poética recepção… Coar e joeirar tal confusão É uma graça que tempera Na proposta da viagem. Ele há encomendas a esmo Ou haverá brios a menos? Pelos becos do desvelo Vá para longe o atropelo: Vira o disco e toca o mesmo Carpe diem de somenos! O andar de ceca em meca Desvirtua o fornecedor E o Autor fará vista grossa Na areia de tal carroça: O sistema perde estaleca E desvaloriza o criador… Frassino Machado In ODIRONIAS
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 26/02/2021
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