A NOSTALGIA CATIVA
“Em tempo de confinamento”
Vivo além do meu país Numa ampla dimensão Agrilhoado e infeliz Com vazio no coração. Ando exilado entre gente Pelas pedras da calçada Sem passado nem presente À espera da madrugada. Não sei se ria ou se chore, Envolto na adversidade, Peço ao coração qu´ implore A causa da ambiguidade. Cai a chuva e corre o vento Estou cansado da aventura Neste transe só me lamento De uma vida de amargura. Não sei se é barco ou canoa Ou caravela à deriva Dentro de mim desboroa A nostalgia cativa. Quando parti de viagem Com sonhos me diverti Guardava em minha bagagem Uma esperança que perdi. Estou procurando sentido Para esta encruzilhada Tenho o coração perdido À borda da minha estrada. Chamam de confinamento A esta angústia tamanha Lamento atrás de lamento Numa ansiedade tão estranha. Como em todas as esperas Tenho fé, que passará Esta onda de quimeras, E um outro sol brilhará. Ó Musa do meu espanto Que m´ agitaste um dilema Regressa com teu encanto E aquece-me este poema! Frassino Machado In ODISSEIA DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 27/01/2021
Alterado em 27/01/2021 |