– Palavras de António Sala relativas à leitura do Livro de Poesia de um amigo –

«Caríssimo Amigo e digníssimo Poeta Frassino Machado, boa noite. Espero que esteja bem. Tomei a sua obra “A Musa dos Estádios” como minha companhia nocturna nos últimos dez dias. Embalou estas minhas últimas noites, antes de eu cair profundamente nos braços de Morfeu. Foram tempos muito bem aproveitados. Antes de iniciar a leitura, confesso que cheguei a pensar, que um livro com mais de duzentas e quarenta páginas, subordinado a uma única temática, até que ponto não poderia ser algo limitativo.
Mas, se, cedo o pensei, igualmente cedo encontrei resposta bem contrária a tão curto e limitado pensamento.
A trilogia Poesia, Desporto e Olimpismo, desdobrado em poemas de fina inspiração e elevada qualidade poética ganharam alma e foram-me encantando e surpreendendo página a página. As suas trovas, que aqui se elevam desde o sublime da chama e fogo sagrado do Olimpo, ao impensável poema que afinal derrota a violência que tantas vezes invade brutalmente o chamado de Desporto Rei, só estão ao alcance de Poetas de estirpe superior. O meu caríssimo Amigo é um desses. Parabéns.
Este seu magnífico livro é uma fecunda Maratona, feita de indomáveis poemas que vão cortando metas e palmilhando léguas de emoções, feitos e Gentes absolutamente inesquecíveis. Só um verdadeiro Poeta Campeão, consegue entre sangue, suor e lágrimas nesta escrita de heróis, fazer-nos reviver sonhando, êxitos dum passado que perdura em todos os futuros. Em vitórias - e derrotas - que abanam os nossos sentidos e nos contagiam de forma irracionalmente racional. Parabéns caríssimo Amigo. Parabéns digníssimo Poeta.
Hoje ainda adormecerei sob a influência do derradeiro poema “Da Vitória dos Dentes Serrados”. Mas, amanhã irei sentir por certo, a falta do toque suave do objecto que é o seu livro, onde na capa mora em Estádio Olímpico, uma Musa em recorte negro, onde podem habitar todas as emoções que vivem dentro das páginas que ela esconde.
Obrigado pela partilha desses seus momentos tão inspiradores. Abraço fraterno e grato meu Amigo, António Sala»

NOTA – Claro que, perante tão generosas e sentidas palavras, acerca de um meu livro recentemente publicado, apenas consegui manifestar-lhe a minha gratidão de uma forma instintivamente restritiva e imediata:
«Caríssimo e distinto amigo ANTÓNIO SALA, obviamente que não tenho palavras para agradecer o seu tão generoso e sincero comentário-maratona. Para já o meu muito obrigado. Se eu encontrar essas “palavras perdidas” será com o maior prazer que lhe darei um agradecimento mais condigno. Um cordialíssimo abraço de sincera amizade e admiração. O seu poetAmigo Frassino Machado»

Mais comentários a esta tão elevada “cortesia poética e humanística” para quê? A Poesia também se faz destas relações de amizade e de comunicação entre amigos que verdadeiramente se consideram!

Lisboa, 28 de Outubro de 2020 – Frassino Machado