ALBA, O SERÁFICO
«Para Sebastião Alba»
“O núcleo incandescente Dum silêncio votivo De que um fumo de incenso Nos liberta.” Sebastião Alba Sua lira ousada e valiosa Entoada à sombra da humildade, Bastante intensa e melodiosa Ao toque da poética silenciosa. Sem outro ser d´ atitude recta, Temporal de luz incandescente, Inclemente, e breve, e votivo, Ao ritmar dum turibular d´ incenso Onde o horizonte se liberta. Alba, qual singelo trovador, Livre como toda a borboleta Beleza, em harmonia feita dor, Alvura seráfica incompleta. Todo o canto lavrado e semeado Revela-se ao embalar da alma; O fado se escancara algemado Visto a partir de ingénua calma, Ao sabor dum poema ensimesmado, Dum caminhar sem dor nem palma Ou apenas, quem sabe, feito semente Rumo a uma colheita inclemente. Frassino Machado In OS FILHOS DA ESPERANÇA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 19/10/2020
Alterado em 19/10/2020 |