CANTO DE FRASSINO

Os meus horizontes são de Vida e de Esperança !

Textos

DIABOS À SOLTA
Andam mil diabos à solta
No Dia de S. Bartolomeu
Não precisam duma escolta
E ameaçam a terra e o Céu.

Que se acautele o Covid,
Que não pense vir de volta
A prudência é que decide:
Andam mil diabos à solta.

Covid? Nunca, nunca mais
Perdeu força, desfaleceu,
Já poucos são os sinais
No Dia de S. Bartolomeu.

Quem mandam são os diabos
Que não admitem revolta,
Andam por todos os lados
Não precisam duma escolta.

Os diabos estão na moda
À sombra de S. Bartolomeu
Eles têm vaidade de sobra
E ameaçam a terra e o céu.

Lá prás bandas de Amarante
Fazem-lhes festas d´ arromba
E num festejo abundante,
Enfeitam a sua tromba…

Há bombos e há charangas,
Procissões e bailaricos,
Há panos e muitas mangas
Para enfeitar mafarricos.

O diabo e mais a diaba
Andam no andor pela rua,
Na vila, todo o povo os gaba
Por terem a cabeça na lua.

Nesta noite não há enfados,
Ninguém chora… é só pra rir,
Que se lixem os diabos
O qu´ é preciso é divertir.

Está quase a chegar a hora
De recolher ao mosteiro
O diabo e a sua senhora
Já brincaram o dia inteiro.

Alta vai a madrugada
E cansada a procissão
Resta agora uma “queimada”
Como manda a tradição.

Todo o povo lhes acha graça
Dizendo adeus até ao ano:
- Co´ os diabos, vai uma cachaça?
- Dê cá mais uma, ó fulano!


Frassino Machado
In ODIRONIAS
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 24/08/2020


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