DIABOS À SOLTA
Andam mil diabos à solta
No Dia de S. Bartolomeu Não precisam duma escolta E ameaçam a terra e o Céu. Que se acautele o Covid, Que não pense vir de volta A prudência é que decide: Andam mil diabos à solta. Covid? Nunca, nunca mais Perdeu força, desfaleceu, Já poucos são os sinais No Dia de S. Bartolomeu. Quem mandam são os diabos Que não admitem revolta, Andam por todos os lados Não precisam duma escolta. Os diabos estão na moda À sombra de S. Bartolomeu Eles têm vaidade de sobra E ameaçam a terra e o céu. Lá prás bandas de Amarante Fazem-lhes festas d´ arromba E num festejo abundante, Enfeitam a sua tromba… Há bombos e há charangas, Procissões e bailaricos, Há panos e muitas mangas Para enfeitar mafarricos. O diabo e mais a diaba Andam no andor pela rua, Na vila, todo o povo os gaba Por terem a cabeça na lua. Nesta noite não há enfados, Ninguém chora… é só pra rir, Que se lixem os diabos O qu´ é preciso é divertir. Está quase a chegar a hora De recolher ao mosteiro O diabo e a sua senhora Já brincaram o dia inteiro. Alta vai a madrugada E cansada a procissão Resta agora uma “queimada” Como manda a tradição. Todo o povo lhes acha graça Dizendo adeus até ao ano: - Co´ os diabos, vai uma cachaça? - Dê cá mais uma, ó fulano! Frassino Machado In ODIRONIAS
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 24/08/2020
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