ODE À «EUROPA DE ALMA VIVA»
“No Dia da Europa 2022”
Tu, ó Europa, que na história te tornaste, Durante séculos, invencível e imperatriz – Sem que almejasses aquele Sonho que tiveste – Quando é que voltarás de novo a ser feliz? (O teu mítico Nome emergiu do seio do mar, Daquele mar Oceano que te foi refrigério, E arrastando contigo outros povos a brilhar Conseguiste por eles um estatuto de Império.) Se dos teus quatro Reinos pouco já sobeja E as tuas Naus se tornaram insuficientes Terás de arranjar novas Asas, sem inveja, Indo à procura de um Império noutras frentes. Lançada foi aos quatro ventos da aventura A nova terra com Semente que s´ alevanta; Cumpre agora, p´ las luzes da razão segura, A safra da colheita que teu Futuro encanta. Tu, ó Europa, não fraquejes em tal combate Nem te impressiones pela tua concorrência, Pois nunca te faltou ´té hoje o engenho e arte, E atingirás por certo o Cume da tua essência. Não precisas de falsos profetas e magias, Mas sim pegar p´ los chifres o toiro enraivecido Que tentará, por labirintos e atropelias, Impedir que o teu Reino brilhe enriquecido. Dentro de ti, Europa, mora o condimento De um capital humano, que é ponta-de-lança E a melhor garantia do teu fiel talento Que em cada dia é uma Luz e uma esperança. Acusam-te, ó Europa, de falta de horizonte E, na hora dos impasses, de falta de coragem; Avante e que, na mente dos euro-nautas, desponte Aquela chama que te ilumine na Viagem! Dois mil e vinte e dois – eis o Ano da Verdade! Todos somos poucos e esta é a Hora Solidária Importa dar as mãos – mas com honestidade – Para vencer de vez a Crise “quarentenária” … Distinta Europa, honrada Europa, o que ganhas Na tua demora em retirar todas as máscaras Que te impedem de ver, bem claro, as artimanhas Que os teus adversários te querem fazer caras? Nas grandes frentes das tuas ingénuas esperas Sempre lutaste com arreganho para vencer… Esta é a Hora de destroçar todas as quimeras, Desde que acendas o teu brio e o teu Querer. Sursum corda, ó Europa, ó Ala dos Namorados Que ao Leme vai da tua Barca colectiva; E nós, ó Europeus, fiéis dos-quatro-costados, Sursum corda, neste Projecto de Alma-Viva! Frassino Machado In OS FILHOS DA ESPERANÇA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 09/05/2020
Alterado em 09/05/2022 |