ADÁGIO AO SOL POENTE
“Glosando um poeta”
“Quando os lábios da tarde prendem O fio de luz. E o vento molda a face…” José Félix Ao Adágio do sol poente, Quando os lábios da tarde Prendem o fio de luz, Na minha apalaçada nostalgia, Onde componho minha poesia, Nascem emoções num desenlace E o vento molda a face… Dentro da alma em contraluz. Ao sol poente do meu Adágio Pelo cantar largueto do rouxinol, Quando os lábios da tarde Prendem o fio de luz, Sinto cá dentro o naufrágio Da inspirada lira que arde… E o vento molda a face Em fantasia despida de sol. Meu sol poente, margem-penumbra Em lábios de tarde retidos, Reveste-se duma brisa que cresce Em palavras tecidas de sombra. E nas emoções da fonte de mim Donde saem meus versos renascidos Revela-se este poema carmesim Moldando ao vento a minha face! Frassino Machado In INSTÂNCIAS DE MIM
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 14/04/2020
Alterado em 14/04/2020 |