CANTO DE FRASSINO

Os meus horizontes são de Vida e de Esperança !

Textos

LÍNGUA MATERNA
“Aos poetas criadores” (*)

“Da minha língua vê-se o mar”
Vê-se todo o mar, vê-se o mundo,
Escreveu o Vate e nós, a falar,
Ainda escrevemos mais fundo.

Saem de cada boca as palavras
Desfraldadas por cada língua
Não propiciemos, em vácuas lavras,
Que ela caia em desleixo e míngua.

Mais que mar é grande o oceano,
E mais qu´ este é enorme o horizonte,
Não conspurquemos o pátrio pano
Co´ a vil nódoa qu´ nele desponte.

A diva Língua nasceu na fala
Que brotou da boca materna
E na vida é a barca qu´ embala
A nossa convivência fraterna.  

O mundano sistema escorrega
No desleixo dos ventos d´ oferta
Mas o culto da língua congrega
A missão que compete ao poeta.

Honremos nossos ancestrais
Qu´ obras generosas deixaram
E, por testemunhos universais,
Mil fontes valorosas criaram.

Língua-mãe é o jeito e a maneira
De dar brilho à Lusofonia,
Que ela seja farol e bandeira
De uma honrada cidadania…

Poetas, escrevei hoje e amanhã,
Mas não abuseis da fantasia,
Na alma da Língua crescerá
A real beleza da Poesia!  

Frassino Machado
In OS FILHOS DA ESPERANÇA

(*) - No Dia Internacional da Língua Materna:
21 de Fevereiro
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 21/02/2020
Alterado em 21/02/2020


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