POEMA PARA MEU AMIGO
“Dedicado a Hermenegildo Borges”
Eu não sei se missiva confessional Ou se bandeira-branca hastearei Para entender de forma mais real Todo este imbróglio qu´ engendrei, Ocorrido entre mim e meu amigo Que, pelos vistos, já nos é castigo. Bandeira-branca não será razão Pois que conflito – creio! – Não existe Nem sequer há barreiras de fricção Mas há, sim, um respeito que persiste. Daí que, honestamente, de tal dilema Farei, pro meu amigo, este fiel poema. Palavras imprecisas, circunstâncias Propiciadoras a mal-entendidos, Referentes a ingénuas militâncias Acabadas de emergir de tempos idos. Recordo ao meu amigo, ser notória Entre os dois, uma coincidente história. Gestos e sentimentos, identidades Que eu e o meu amigo partilhamos, Não devem pactuar com inverdades Nem com as suspeições que lamentamos. De formações distintas e superiores Temos, meu amigo, galardão de mil valores… Tomara que seja possível, entre nós, Um ponto de encontro conciliável Para – num breve prazo e a uma só voz – Retomarmos um novo elo admirável. E como poetas, trovadores ou jograis Podermos ser felizes um pouco mais. Devemos confessar nossos talentos, Sem, todavia, fazer deles alarde: Testemunhar em todos os momentos Dará preciosos frutos cedo ou tarde. Receba o meu abraço, qual tempero De segura amizade, como eu espero! O seu admirador – poeta peregrino – Que amigo é, para sempre. Frassino. Frassino Machado In INSTÂNCIAS DE MIM
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 13/02/2020
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