ANO NOVO, IGUARIAS VELHAS
Por alturas da anual passagem
Cada lar, debaixo de telhas, Percorre em histórica viagem Ano novo, iguarias velhas. Do Natal até ao Ano Novo Mil iguarias são roupagem Todavia gasta mais o povo Por alturas da anual passagem. Couves, batatas, bacalhau Várias bebidas em botelhas Especiarias a dar co´ um pau Cada lar, debaixo de telhas. Quer na cidade, quer na aldeia, Toda a gente faz homenagem À tradição, e como feliz ideia, Percorre (-a) em histórica viagem. Ninguém se importa co´ a despesa Nem sequer franze as sobrancelhas, E usa com prazer e firmeza Ano Novo, iguarias velhas. Sonhos, rabanadas e aletria, Bons mexidos e pão-de-ló, E, não se usando de cortesia, Logo se entoa o só-li-dó. Faz-se jus à boa barriga E os olhos gostam de comer Haver sobras já se mendiga Qu´ há roupa velha pra fazer. Até as sobras são iguaria – Corram-se os ratos pró labirinto – De tudo se pode fazer poesia Com inspiração e com instinto… Se um Ano Novo é vida nova, Não convém, pois, nada estragar, Há que pôr a intuição à prova Com receitas para compensar. Cantemos loas ao Ano Novo, Com versos de boa vontade, A alma precisa de renovo, De emoção e vitalidade. Frassino Machado In INSTÂNCIAS DE MIM
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 01/01/2020
Alterado em 01/01/2020 |