TROVAS DO MEU MAR
«Paráfrase a Abel da Cunha»
“Queria fazer um poema a este mar largo da Foz. Mas poema é ele mesmo basta escutar-lhe a voz.” Abel da Cunha – O Mar da Foz Frassino Machado – Trovas do meu Mar Eu escuto a voz do mar Num horizonte sem fim São as marés a arrolar Aqui bem dentro de mim. Um poema nele navega, Numa barca d´ emoção, Chegando à barra sossega Por encontrar direcção. É um mar remoto e calmo, Das ondas faço um poema Verso a verso, palmo a palmo, Com inspiração extrema… Mar-madrugada, poesia, C´ os sentidos sempre ao leme Na busca da maresia Que avança e nunca teme. Sou poeta, sou marinheiro, Mar de água transparente, Sou poeta de corpo inteiro Com um coração que sente. A voz do Mar qu´ há em mim Tem brisas de singeleza, Rosas brancas de carmesim Numa alma de Natureza. Se por vezes é mar revolto Tem razões sérias de fundo É meu sonho qu´ anda solto Meio enredado p´ lo mundo. Ele há brumas nesse mar Mais sereias, aqui e além, Meu farol tem luz pra dar Para que eu aporte bem. Entre o meu mar e o céu Luz uma estrela de esperança Alma branca sem labéu Com âncora de confiança. Minha voz é bem sentida Quando adentra neste Mar É o canto e a voz da Vida Com a Poesia a vibrar! Frassino Machado In JANELAS DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 09/09/2019
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