ENDEIXAS À POESIA ACTUAL
“No centenário do nascimento de Jorge de Sena”
Ó meu distinto poeta Se ainda fosses vivo Ficarias pela certa Para sempre cativo. Para sempre cativo Quiçá morto talvez Neste reino nocivo De franca estupidez. Por arte dos demónios Em maléfica dose Perderias neurónios De vil metamorfose. Nem Abril te sorriu Na onda do desejo Pois mirou-te e sumiu Em máscara-despejo. Fez-te a Velha Senhora Na barcaça do Graal E agora Sena, agora, Onde está Portugal? Poesia clara e serena Deu-te um estro real E agora, diz-me Sena, Que é da poesia Actual? Frassino Machado In FRAGMENTOS POÉTICOS
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 03/09/2019
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