A PASSWORD-FANTASMA
No Parlamento português
Há algo, qu´ a todos pasma Em cada um – qual burguês – Haver password-fantasma. Os doutíssimos deputados Sabendo truques, sem revés, Conseguem “caça” de dados No Parlamento português. Todos ganham muito bem, Tão bem que entusiasma, Mas com virtude, ou sem, Há algo, qu´ a todos pasma. Ter presença ou não a ter Não estraga a massa ao freguês Bastará “password” saber, Em cada um, qual burguês. Estar lá ou não estar lá A assinatura é a mesma, Que bom jeitaço que dá Haver password-fantasma. - Eu vou ali, mas já venho, Se inquirirem… estou por aí. P´ la amizade que te tenho Diz apenas: eu já o vi! - Vai, depois, ao meu PC Mete a “password” que sabes, E – cá pra nós – ninguém vê… Assim, já não há entraves. Ademais, não há falcatrua, E até nem é caso virgem, Estar no Parlamento ou na rua A ninguém causa vertigem! Isto não é chico-espertice, É usar dum privilégio E nem sequer é malandrice Antes, porém, sortilégio… Sortudos, e bem sortudos, Os nossos parlamentaristas Servem-se de conteúdos Que os fazem ser altruístas! Frassino Machado In ODIRONIAS
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 13/11/2018
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