FOLHAS DE OUTONO
“Ao Armando David”
As minhas folhas de outono Jamais as posso negar Trago a alma ao abandono Por não as poder contar. Elas chamam-se ilusões Sem loucura nem transtorno São filhas das emoções As minhas folhas de outono. Uma a uma vão caindo, Às vezes parecem bailar, Porque estão sempre fluindo Jamais as posso contar. Pairam pelo dia à solta P´la noite tiram-me o sono Porque andam à minha volta Trago a alma ao abandono. A vida me corre serena Não urge nada mudar Tenho pena, muita pena, Por não as poder contar. Nesta minha condição, Corpo e alma em sintonia, Co´ a liberdade por guião Amparo-me à poesia. Parece-me não ter fim Esta serena estação O outono esconde-se em mim Quer eu o queira, quer não. Divinas Euterpe e Polímnia Que me tendes por encanto Inspirai-me alínea a alínea Neste poema e neste canto. Frassino Machado In JANELAS DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 26/10/2018
Alterado em 26/10/2018 |