ARAR A TERRA, SEMEAR DE NOVO
“Dedicado a Álvaro Giesta”
Não andarás, por certo, com´ Amália roufenha… Todo o poeta também ganha “ervas daninhas” Tendo de suar, oh sim, as suas estopinhas Se quiser recuperar os frutos que não tenha. Assim é. Com receio que o lucro lhe não venha, Todo o bom lavrador traz o chão nas palminhas Para, na hora em que retornem as andorinhas, Arar a terra, semear de novo, lançar a senha… E o poeta? P´ la terra das suas emoções Ao sentir-se com as palavras por um fio, Porque não aproveita a brisa de um pousio Pra refrescar, arejando as suas intenções? Todo o poeta, o bom poeta, é peregrino Levando à sua volta as musas benfazejas E, mesmo pressentindo ao largo mil invejas, Verá, de novo, um sol e um claro figurino. As asas do poeta são asas d´ honradez – Umas auspiciosas, outras de amorfia – Mas toda a sua alma, respirando poesia, Abre-lhe o sonho e dá-lhe luz de lés-a-lés! Frassino Machado In JANELAS DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 17/10/2018
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