Há certos museus de soledade
Que são testemunho da história
E aqueles museus de fiabilidade
Que mais avivam a memória.

Nesta nossa Cidade-Mãe,
Património da Humanidade,
Como cultura de coragem
Há certos museus de soledade.

Não é, porém, da soledade
De si tão vazia e acessória,
Mas das qu´ assumem com verdade
Que são testemunho da história.

São uma contínua presença,
Entre a ficção e a realidade;
Há ingénuos museus, sem ofensa,
E aqueles museus de fiabilidade.

De seu nome “Alberto Sampaio”
Possui uma imagem notória
Surtos medievais, de soslaio
Que mais avivam a memória.

Nesta soledade, feita açoite,
Encarna horas de solidão
Mas abre as portas pela noite
Em aura da concentração…

Vai-se mais fundo e à raiz
Daquilo que é mais natural,
Na alma latente de um país
Que tem nome de Portugal!

Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA