CASAS SEM ALMA
Casas abandonadas, que o destino deixou
Em desérticas aldeias à beira do fim, Solidão de quem passa por um vazio ruim, São as “casas sem alma” que o tempo levou. Não há flores no abandonado jardim Nem água na ribeira que já há muito secou, Deixando ao abandono o sonho que findou Que já se não avista em absurdo frenesim… Casas e aldeias que fizeram a sua história, Por lá passaram traços d´ aventura humana, Quem sabe se por bem, ou apenas se insana Entre as encruzilhadas vácuas da memória. Casas sem alma e vidas sem destino activo, Aldeias esvaziadas, sem ninguém, sem dono, Deixadas já ao deus-de-ará e ao abandono De uma saudade resgatada em sangue vivo. Aldeias, casas sem alma e vidas fantasmas Vagueando por aqui e por ali, cedo ou tarde Transformando-se num ténue fogo qu´ arde Em histórias de contar, de quimeras e sombras… Frassino Machado In JANELAS DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 08/08/2018
Alterado em 08/08/2018 |