GRÃO DE TRIGO
“À memória de Marielle”
Todo o grão lançado à terra Leva um destino escolhido Pelo mistério que encerra De ser pela morte vencido. Da mão serena se desterra, No ventre da terra acolhido Nasce o pão faz-se a guerra De um corpo assaz denegrido. Grão de trigo semeado, Terra madrasta e atroz, Há-de ser sempre esmagado P´ las fauces dum corvo feroz. Morre o grão, seca a seara Por não haver sementeira Nem mais recolha de fruto. Do sonho a energia é clara, Na luz de uma luta cimeira Que acaba vestida de luto… A morte coroou a sentença De Marielle, eterna presença! Frassino Machado In OS FILHOS DA ESPERANÇA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 19/03/2018
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