OS HOMENS DO LEME
“À memória de José Pedro”
Já não há homens do leme Como havia antigamente Por isso esta terra treme Por não estar segura a gente! Dos tempos da outra "Senhora" Seus valores há quem se lembre Mas nestes tempos de agora Já não há homens do leme. - Bom dia, senhor professor, Pela manhã dizia a gente, Hoje já não há respeitador Como havia antigamente. - Boa tarde, senhor prior, A qu´ horas é o lausperene? Hoje, nem hábito nem louvor, Por isso esta terra treme. - Boa noite, senhor patrão, Bem-haja pelo presente! Hoje, nem sequer ralação Por não estar segura a gente. Nem vale a pena pensar O que vai dentro de portas? Vê-se bem o que ´stá a dar: As almas cada vez mais tortas. Por esse País, de-lés-a-lés, Não se vêem valores cimeiros Todos andam aos pontapés Por não haver timoneiros. Os exemplos mais seguros São aqueles que vêm de cima: Assim, não há valores maduros Muito menos auto-estima… Por não haver homens do leme Nem projectos sustentáveis É que este País sofre e geme Noites e dias intermináveis. Homens do leme são memória De um perene fermento novo E que sempre farão história No sentir da alma do povo. Se nova bússola surgir Numa promissora dança Poderá, talvez, sorrir Uma outra Nova Esperança! Frassino Machado In JANELAS DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 03/12/2017
Alterado em 03/12/2017 |