A ÁRVORE ASSASSINA
«Na festa da Virgem do Monte»
O Logos da Ascensão se desvaneceu, Na alma dos fiéis da Virgem do Monte Que, ao matarem a sede na água da fonte, Algo de estranho ali aconteceu. Por entre cânticos subindo ao céu, Com os olhos suspensos no horizonte, O terror desabrochou em cada fronte E um corpo de gigante ensandeceu. A romaria findou em mar de gritos Por culpa daquela árvore assassina E uma onda de sangue repentina Deu num oceano trágico de aflitos. As árvores quase sempre morrem de pé Mas, logo esta, tombou por louca razão Desfeita em mil destroços pelo chão Gerando um morticínio de falsa fé… - Ai, ó Virgem do Monte – bramou Belzebu – Como é que, d´ olhos fechados, estavas Tu? Frassino Machado In JANELAS DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 16/08/2017
Alterado em 16/08/2017 |