O PAIOL-COMÉDIA
«A ode da culpa»
Era uma vez um muito célebre País – Aonde dizem que é difícil governar – No qual, sem se esperar, estalou o verniz Num local onde nunca devia estalar. Não foi propriamente um assalto aos bancos, Nos quais habita o dinheiro convencional, Mas sim de um assalto a um paiol de Tancos Do qual sumiu um armamento monumental. Quem foi, ou quem não foi, todos querem saber: Vedações degradadas, lamúrias em derrame, Cortes nos orçamentos e rondas por fazer E, mais que tudo, a sempre culpa do dinheirame. Aqui não há gato, mas há um paiol esburacado, Há envolvências, tanto de fora como de dentro, As armas assinaladas é assunto já arrumado Mas a triste encenação vai rodando em catavento. Brincar com as armas não é mais que simples jogo: Trocam-se peças, põem-se peças e a miséria, Que dá corpo ao negócio, ameaça com o fogo Palpitando, hora a hora, neste paiol-comédia… Como diria o Almirante, em tom de chalaça: “Deixai passar a banda porque é só fumaça!” Frassino Machado In ODIRONIAS
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 06/07/2017
Alterado em 07/07/2017 |