«Ao embaixador Mesquita»

No rosado e solarengo palacete de Sezim,
Nas cercanias da ilustre cidade-berço,
Celebra-se hoje, por entre aromas de jardim,
Um centenário memorável com apreço.
Aniversariante, o senhor embaixador Mesquita
Inestimável alma desta artística mansão,
Plenamente enaltecido pela musa erudita
De alguns filhos da terra, à sombra de Brandão.    

Nespereira se honra da douta sumidade,
Que se esmerou nos meandros da diplomacia,
E agora, justamente, com toda a hombridade,
Festeja-lhe os cem anos e a sua fidalguia.

Quer haja muita gente ou pouca de galarim
É um dever de cidadania, sem excesso,
Que a vida se celebre n´alegria e no festim
De todos aqueles que a preenchem de sucesso!

Frassino Machado (*)
In OS FILHOS DA ESPERANÇA

(*) – Poeta de Nespereira, Guimarães
  
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BRINDE PARA UM CENTENÁRIO – Abel da Cunha (**)

Que nobreza tem a idade
Ao passar o Centenário!
Tempo de maturidade,
Altas contas de um rosário.

Cem anos! Traz a saudade,
Vestida de modo vário,
Cem velas de claridade
No bolo de aniversário.

Cada ano é uma fatia
De sabor amargo e doce.
Amigos, quanta alegria

Em redor de um velho moço!
Por Sezim, dia após dia,
Continue assim connosco.

Abel da Cunha

(**) – Também poeta de Nespereira, Guimarães