DO DIREITO AO RESPEITO
«Da prática da Cidadania»
Fala-se tanto da Constituição E no que à diferença se tem Direito Mas não se fala nunca, isso não, Da igualdade da dita pelo Respeito. “Eu sou diferente, deita pra cá o meu”, Diz por vezes, alguém, com presunção… Por parecer que se alcançou o céu Fala-se tanto da Constituição. Nunca se pensa se é ou não justo, O que interessa é “aquilo” que dá jeito, Congemina-se chegar lá a todo o custo E no que à diferença se tem Direito. Toda a gente sabe – ou parece saber – Que o Respeito é questão de educação (“Fica para depois, deixá-los correr”), Mas não se fala nunca, isso não. “Diferença é o que a mim me interessa E o que me diz a Lei, quanto ao Direito”, Mas, tal pessoa, se esquece depressa Da igualdade da dita pelo Respeito. Todos somos diferentes, portanto iguais, Até nos velhos comícios s´ embandeirou, Querer Direito, sem Respeito, é demais E a social convivência já o demonstrou… Ter direitos, pois sim, é democrático Mas quando s´ olha só pro seu umbigo E s´ acha que o Respeito é pouco prático Apetecia-me dizer “algo”, mas não digo! Mas não digo porque seria bem feio E ficaria refém da não-Cidadania: Seria como o São Tomás sem freio Que, quanto a Respeito, era só fantasia. Conciliando-se o útil com o agradável, Quebrando-se de vez todas as paixões, Ficará a Cidadania justificável Tanto interpares como intergerações. O Direito e o Respeito devem-se pautar Pela sociabilidade e pela coragem De tudo se poder harmonizar Com´ águas de um rio, numa só Viagem! Frassino Machado In RODA-VIVA POESIA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 01/04/2017
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