Dia dos Namorados, ó glorioso Dia,
Que já foste uma força de gravitação,
Uma força perene de envolvente energia
Nas ondas sonhadoras da humana condição…

Dia dos Namorados, ó reino de fantasia,
Qual cavaleiro andante nas asas da emoção,
Buscando aquele troféu repleto de magia
Ornamentado de grinaldas e de paixão.  

Dia dos Namorados, ó dia de inocentes,
Dia de marés-vivas de alta densidade,
Estórias sempre novas, sempre efervescentes
Em traços projectados de virtual saudade.

Dia dos Namorados, que dia, que amores –  
Nascidos hoje, contrariados amanhã –
Que personagens, que espaços e que ardores,
Que sentido e razão em tudo isto haverá?  

Se algum sentido ou alguma razão houver (?)
Apenas, e tão só, se “negócio” acontecer!

Frassino Machado
In FILHOS DA ESPERANÇA