PAÍS, PAÍS
Diz-se “país à beira-mar plantado”
Com um estranho aroma de maresias, Mas o que mais se vê são porcarias Que até o mar se afirma revoltado. Melhor estaria atrás das serranias, Suas águas dariam outro achado E o ar das serras, quase que sagrado, Faria bem às suas pneumonias. Plantados foram verdes pinheirais Que as fainas suportaram e as barcaças Derivaram p´ ros vícios e desgraças E as gentes lusas não resistem mais … País plantado à mercê dos temporais, À mercê de piratas e corsários, Perdido por entre as névoas dos falsários Esp´ rando o Desejado uma vez mais. Por tais caminhos e veredas mil … Para quando, ó País, um novo Abril? Frassino Machado In RODA-VIVA POESIA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 16/01/2017
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