O ATELIER DOS SONHOS
“Ao pintor Paulo Fonseca”
Não há artista que não sonhe No seu castelo levantar, Seja ao perto seja ao longe, Um atelier pra laborar. Todo o mundo é bem pequeno Mas a alma é infinita, Nesse atelier tão sereno A própria paixão levita. Pelos meandros dos sentidos Num oceano de sensações Há busca por entre brasidos Da harmonia das emoções. Seu horizonte é a obra Nos traços que lhe dão vida Com o suor que lhe sobra Vai crescendo enriquecida. Ela é sua filha genuína Da consorte inspiração E, numa imagem cristalina, O seu berço é o coração. O atelier é o seu castelo P´ lo silêncio e probidade Dá garantia e desvelo À sonhada qualidade. E ao dar ao sonho vasão O artista, como estandarte, Faz do atelier condição Para o combóio da Arte. Ali tem o seu cavalete Ali tem a sua paleta Pra tarefa que se repete Numa atitude inquieta. Há uma viagem perene, Ao ritmo das caravelas, Com um orgulho solene Faz a colheita das telas. Completa-se o circuito De uma forma inacabada C´ o seu último veredicto Numa exposição sonhada! Frassino Machado In AO CORRER DA PENA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 06/01/2017
Alterado em 06/01/2017 |