O BRASÃO DA POESIA
«Ode de 2017 aos Poetas»
A todos os poetas, meus irmãos, Que nesta selva-mundo transitais Eu quero a cada hora que saibais Que é imperativo d´ alma dar as mãos. Estamos transitando num deserto Não se vê oásis nem um fim à vista E toda a ideia-nada é imprevista P´ lo vazio de valores a descoberto. Não há quem ao arado meta os braços Muito menos quem tenha inspiração Ficando-se só p´ la improvisação Pois que à boa semente faltam espaços. Não há profetas, rareiam os poetas Que tenham a ousadia de avançar, Não ficando pro seu umbigo a olhar Sem urdir antes reacções concretas: Seguindo o rumo de cada emoção Sem medo de afrontar as loucas feras, Que as há por todo o lado, quais megeras, Que tentam deste mundo a infestação. As feras têm medo da Poesia, Dos poetas lutadores e ousados Que denunciam os vícios enviesados Que lhes dão trunfos em demasia. Toda a poesia é feita de palavras, Mas muitas são vazias de talento Outras, porém, são levadas p´ lo vento Competindo aos poetas suas lavras. Há, pois, que abrir a alma n´ atitude Singrando com coragem, mesmo a vau, Que o mar é bravo mas é forte a Nau E as convicções só vencem por virtude. Dos poetas o mundo tem saudade Pois sabe que está neles a magia Capaz de arar a triste nostalgia Que vive em cada ser, em cada idade. É neste repto, ó poeta de coração, É nesta tua atitude e tua postura, É nesta luta e honrada aventura Que está a tua luz e o teu Brasão! Frassino Machado In ODISSEIA DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 02/01/2017
Alterado em 02/01/2017 |