«Hungria x Portugal, 3 – 3»

“É preciso ter galo”

Era grande a esperança neste país de tolos
E era tão grande, sim, mas, (é preciso galo)
Os Lusos, logo de início, levaram um entalo
E foi um ver se te avias p´ ra marcar os golos.

Ora marcavam eles, ora nós, um abalo
E uma triste desilusão e nada de consolos,
Nem sequer uma gentileza de protocolos
Numa auto-estima sã de nacional regalo.

Parece, todavia, que nada está perdido
Pois que, afinal, até seremos repescados
E não interessa saber se há ou não culpados
Pois o objectivo luso logrou ser atingido…

Resta agora assumir que falta o bom combate,
E que descansem bem os nacionais guerreiros,
Para que o génio de Adamis e companheiros
Alcance vitorioso o pico do escaparate.

Avante, ó nobre Lusos de alma de cristal
E lutai com denodo até à vitória final!

Frassino Machado
In A MUSA DOS ESTÁDIOS