MALANDROS DOS MELROS
Eu tinha uns melros à porta
Espertalhões e vorazes De manhã foram-me à horta E de fruta comeram cabazes. Pensando que os malandrões Do pior seriam capazes Fui-me logo aos quarteirões Vigiar os meus ananases. Vendo-os amadurados, À sombra da laranjeira, Fui esperando que os malvados Voltassem à brincadeira. Mas, voltaram lá agora, Já nasceram ensinados! Ouvi ao fim de uma hora Bem ao longe os seus trinados. Há melros por todo o lado, E há-os de bico amarelo Por mais que se tenha cuidado São todo o ano um flagelo. Mas há malandros piores Bem sei, oh se não sei, Por mais que façam furores Nem à fisga, nem à lei! Frassino Machado In CANÇÃO DA TERRA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 18/06/2016
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