OS OLHOS DA PRIMAVERA
Os olhos da Primavera
No corpo do meu jardim São os gémeos da quimera Que eu tenho dentro de mim. Toda a ansiedade latente Que navega numa espera Traça na alma da gente Os olhos da Primavera. Bate-nos à alma a saudade Daquele aroma carmesim Com vestes de raridade No corpo do meu jardim. Se os sonhos da natureza Nos fazem a vida severa Pela sua breve aspereza São os gémeos da quimera. E se ao meu redor desponta Uma tristeza sem fim Deve-se à névoa sem conta Que eu tenho dentro de mim. Os olhos da Primavera Não sendo assim tão austeros Dão uma razão que pondera A justeza dos temperos. Toda a visão tem dois lados O “fora” e o “dentro” pensante Que o sonho faz entrelaçados Numa luz determinante. As coisas de fora são belas Na mais genuína beleza Quando da alma as janelas Nos abrem pr´ à Natureza! Frassino Machado In JANELAS DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 05/04/2016
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