FARISAÍSMO DE TRAZER POR CASA
Eu olho à minha volta e só vejo injustiça,
Por todo o lado vejo orgulho e presunção; Eu olho à minha frente e vejo movediça A areia de um deserto vazio de emoção. E porque a culpa ao ser solteira cantará… A tal primeira pedra, quem atirará? Eu olho à minha volta e vejo ostentação, Por todo o lado vejo a vaidade atiradiça; Eu olho à minha frente e vejo a abjecção De um poder de riqueza vã e quebradiça. E porque a culpa ao ser solteira cantará… A tal primeira pedra, quem atirará? Eu olho à minha volta e vejo oportunismo, Por todo o lado vejo o vil descaramento; Eu olho à minha frente e vejo pedantismo Numa demagogia desfraldada ao vento. E porque a culpa ao ser solteira cantará… A tal primeira pedra, quem atirará? Eu olho à minha volta e vejo incumprimento, Por todo o lado eu vejo o iníquo vedetismo; Eu olho à minha frente e vejo o sofrimento Da escravatura do dinheiro e nepotismo. E porque a culpa ao ser solteira cantará… A tal primeira pedra, quem atirará? Desfila dia a dia uma falsa moral, E uma ignóbil política sem condição; Desfila a cada hora a máscara virtual Para fingir do povo a triste solidão. E porque a culpa ao ser solteira cantará… A tal primeira pedra, quem atirará? Ó gente maioral, com alma descartável, Tomara que alguém vos mate em golpe de asa O vosso espírito selvagem execrável E esse farisaísmo de trazer por casa. E porque a culpa ao ser solteira cantará… A tal primeira pedra, quem atirará? Frassino Machado In JANELAS DA ALMA www.frassinomachado.net www.opcaopoetica.blogspot.com http://facebook.com/frassinom
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 13/03/2016
Alterado em 14/03/2016 |