HÁ VÍRUS E VÍRUS
“… Até as próprias palmeiras
Com o tempo altaneiras Acabam por rastejar.” Abel da Cunha Andam vírus nas palmeiras Quase há uma dúzia de anos E não se tomam maneiras De eliminar os tiranos. Há males que são tão velhos Que ninguém presta atenção E agora há escaravelhos Quais pragas de perdição. A urbana jóia da coroa, Nobre pérola turística, Vai morrendo pela proa Na estética paisagística. Entidades imponentes, Discretas ou gigantescas, Caem pra sempre doentes Em epidemias dantescas. Estas soberbas palmeiras, Extasiantes ao olhar, Apesar de altaneiras Culminam por rastejar. Perdigão perdeu a pena, Proclamou o trinca-fortes, Não há mal que lhe não venha No viral fio dos cortes. Para esta calamidade Nem os cães são solução Só resta a fatalidade Da civil indignação Entre os vírus mais nefastos Desta pobre humanidade Emergem os míseros gastos Dum fisco sem piedade. Definham os palmeirais E definha o Zé-povinho Perante estes e outros sinais Fica a alma em desalinho. Besouros, dengues ou zikas, Impostos que são maldições, Antes mordessem as tricas Que corroem as Nações. Frassino Machado In ODIRONIAS
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 11/02/2016
Alterado em 11/02/2016 |