JANELAS DE INVERNO
Mote de Abel Cunha
A falta que faz o sol Vê-se nas casas fechadas Ao abrir-se uma janela Fogem sombras espantadas. Glosa de Frassino Machado Numa casa ou num solar Com silhueta de arrebol Revela-se ao admirar A falta que faz o sol. Há uma réstia intermitente De misteriosas penadas, A ausência da alma da gente Vê-se nas casas fechadas. Casas fechadas ao frio, Num inverno de rachar, O receio de um calafrio Revela-se ao admirar. A nostalgia dá esp´ rança, Saudade do sol tão bela, Ó que prazer se alcança Ao abrir-se uma janela. Abre-se um sorrir de novo, Vêem-se ao longe as estradas Na alma, que brilha em renovo, Fogem sombras espantadas. São as janelas de inverno, Já não há lágrimas caídas, Foi-se o vento e o inferno De umas ânsias doloridas! Frassino Machado In AO CORRER DA PENA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 30/01/2016
|