O PAI NATAL BANQUEIRO
Neste louco Natal de tempo soalheiro,
Com uma cosmopolita azáfama febril, Abandonando o seu passado mercantil O Pai Natal apostou forte em ser banqueiro. Ao descobrir um tal Banif-ício senhoril Por obra e graça de um poder aventureiro À sombra da magia obscura do dinheiro Arriscou à sua conta um negócio subtil. Sem avaliar, porém, o encargo das crianças, Que desta forma se sentiram consternadas, Não cuidou de saldar as suas esperanças Resolvendo esquecer as prendas combinadas. Perante esta emergência, logo se deduz À vista de tão grande insensibilidade, Que a única saída será o Menino Jesus Sendo assim reactivada a Sua actividade. Se a sapiência diz que há males que vêm por bem, A ousadia do Lapónio, ao Menino Jesus trará Uma girândola de foguetes na gruta de Belém E talvez algo mude entre o hoje e o amanhã! Frassino Machado In MUSA VIAJANTE
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 21/12/2015
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