DA MORTE DO POETA
“Dedicado a Joaquim Pessoa”
O Poeta poderá morrer, É o mais natural que há, Mas a Poesia a valer Essa nunca morrerá. Na questão da justa morte Urge primeiro envelhecer Com muita ou pouca sorte O Poeta poderá morrer. A obra que o poeta cria Qual singular alvará P´ lo seu prazer e magia É o mais natural que há. Pode, sim, morrer o poeta, Há razão p´ ra se entender, Não é a marca de profeta Mas a Poesia a valer. No seu mistério profundo, Com morte que ocorrerá, Havendo poética no mundo Essa nunca morrerá. Se há receita para haver Antes que a obra termine O poeta ao envelhecer Tem o tempo que redime. Todo o poeta na vida Acolhe sonho que seduz: É a sua obra renascida P´ la lira que dá à luz! Frassino Machado In MUSA VIAJANTE
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 13/09/2015
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