O PAPA SAMARITANO
Pelas poeirentas bermas desta velha Europa
Vagueiam tristes multidões de deserdados, Filhos da guerra, da miséria e da vil sorte, Ansiando um lenitivo pra escapar à morte, Ao ódio dos tiranos, e sempre explorados P´ la falta de um calor, de pão ou de uma sopa. Não são mendigos, antes são gritos de revolta Por entre brumas nevoeirentas e insensíveis, Sonhando descobrir a paz imorredoira Na senda de uma vida justa e duradoira, Gritos denunciadores, sempre imprevisíveis, Contra grifos selváticos, por aí à solta. Rasga este nevoeiro um vulto redentor, Francisco, pomba branca, ramo de oliveira Que agita as turvas águas deste negro oceano Libelo de um agir qual bom samaritano - Carisma de perdão e alma sem fronteira - Estendendo a sua mão e semeando amor… Eis para vós lição, ó Maiorais do mundo, Que esbracejais na hora em lodaçal profundo! Frassino Machado In JANELAS DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 07/09/2015
|