CANTO DE FRASSINO

Os meus horizontes são de Vida e de Esperança !

Textos

O CANTO DA BARBÁRIE
Ondas de um mar de gente em triste desatino,
Tocadas rudemente por ventos e marés
De convulsões de raiva e ecos de surdez
Qual besta daquele ódio negro sem destino.

Afirmam que é a guerra, a fome, e a miséria
Como razões que se argumentam suficientes
E aquela gente que é refugo doutras gentes,
É carne pra canhão e carne pra a pilhéria.

Não são refugiados, migram em desgasto
E são escória humana, almas sem esperança,
Servindo de moeda e lucros de vingança
Das sanguessugas loucas pelo seu arrasto.

Fala-se da cimeira dos vipes maiorais
Buscando um lenitivo gasto em arrogância
Fingem humanidade e agem por ganância
Qual síndrome de torpes medos colossais.

O deus Dinheiro tem seu reino nos tablóides
Dos vendilhões com falsas bolsas mascaradas
Resultando por isso serem perdoadas  
As cruéis hordas invasoras barbaróides.

Já o inaciano Vieira ao mundo denunciou
A chegada às Américas das bojudas naus
Queimando pela raiz os traficantes maus
Numa moral de leis que tudo iluminou.

Vinde, ó filhos do vento, vinde já, ó Hunos
E destroçai os polvos vis inoportunos!

Frassino Machado
In ODISSEIA DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 03/09/2015
Alterado em 04/09/2015


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