O SONHO DO CÃO ARGUIDO
Ainda o som do tiroteio ribombava -
Num rol de vidas em contínuo sobressalto - E já três vítimas jaziam no asfalto Sem razão aparente, que se lamentava… A feroz mira da caçadeira esgotava A sede de vingança, num cobarde assalto, Que desta vez ali gritava muito alto O que o aval da justa lei não reparava. Mas, afinal, quem perpetrou esta agressão? Onde é qu´ está o busílis deste acontecido? Dizem ter sido um cão, porém já falecido… Antes dizia-se: “Foge, cão, que te fazem barão”. Agora, ir-se-á dizer, perante o alarido: Aguenta, aguenta cão, que te fazem arguido! Ao ver este espectáculo, entre a vida e a morte, Já consagrou o povo, em boa tradição: “Até para ser cão é preciso ter sorte!” Frassino Machado In ODIRONIAS
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 31/08/2015
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