A CEIA DOS MAIORAIS
“Páscoa 06, 2015”
À revelia dos incautos depositantes Que sonhavam lucrar chorudos capitais Surgiram à socapa espertos comensais Que açambarcaram seus milhões esfuziantes. Tudo certinho, tudo às claras, garantido Por gente boa, gente esperta e delicada Tal foi, por entre hossanas, ceia mascarada Que em breve se esvaiu num logro foragido. No canto da sereia toda a gente embarca E um louco rol de subterfúgios sem demora Fez que se abrisse a negra caixa de Pandora Que o vento esvaziou deixando a sua marca. Não houve tempo para novas iguarias Mas, sim, aquele tempo de trevas e sinais Ficando, à sombra desta ceia de Maiorais, A seta na garganta de tristes minorias. Ó tirânica gente, sem alma e sem valores, Nem com um trivial perdão de lava-pés Escondereis toda a miséria no convés Da vossa infernal barca pintada de horrores! Frassino Machado In ODISSEIA DA ALMA
FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 03/04/2015
Alterado em 03/04/2015 |